Perdi o olhar
Num local qualquer
Onde também
Ficaram as palavras
E os sonhos inocentes
De felicidade.
Tacteio o horizonte
Com o pouco que me ficou
E questiono-me sobre
O que sou.
Dão-me abraços, beijos
E flores
Muitas flores
Decoradas com estrelas
E lágrimas de cristal.
Mas as flores desfazem-se
No tempo e as lágrimas
Corroem-me os dias.
Tenho mil olhares
Sobre os meus ombros
E o enorme desejo
De explodir
Numa orgia de vida,
Na ultima prova de que vivi.
Manuel F. C. Almeida
2 comentários:
Extraordinário! As palavras do teu poema tocam-me profundamente...consigo senti-las uma a uma. LINDO...
Adorei conhecer este blog: a sinceridade dos sentimentos, das vontades! Muito bom!!
Enviar um comentário