Já nem sei se poderei
Iluminar estas sombras
Que dentro do meu pensar
Se condensam em nuvens
De cinzas.
Já nem posso reaver
O canto das águas
Nas memórias que
Guardam as chaves
Do tempo.
Do nosso tempo.
Daquele tempo em que
Os olhares sorriam e se
Perdiam nas cascatas
Dos corpos em êxtase.
Já nem reconheço os
Cheiros, ou os recantos
Dos nossos segredos
Das nossas cumplicidades.
Ficou de tudo uma brisa suave
Uma brisa de mar
Que vai e vem ao sabor
Das marés, desencontradas.
Manuel F.C. Almeida
4 comentários:
Foto imensamente bela! Parabéns
Não é minha, o autor desconheço se soubesse colocaria o nome, mas obrigado pelo tempo perdido e pela visita
Não foi tempo perdido, gostei muito do poema, deste e dos outros que li. Vou ficar seguidora principalmente pelas palavras...;)
às vezes gosto mais da musica. obrigado
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