E há a candura no olhar
E uma ausência no agir
Um silêncio a gritar
Uma verdade a fugir
Há um gesto, um canto, uma flor
Uma ave, solitária
Há pedaços soltos de amor
Um poema, uma ária
Há uma vida que adormece
Na paisagem dos meus sonhos
Uma clareira que floresce
No vazio dos meus olhos
Tenho a alma corrompida
Pela traição feita á vida.
Manuel F. C. Almeida
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