quarta-feira, junho 22, 2011















Queimo em mim os restos do que sou
Devagar teimosamente sem pressas

No espaço livre desenho canteiros
Com tulipas, cravos e amores imperfeitos

A terra alimenta-se das cinzas
E as flores descobrem-se como diamantes

Faço colares de flores vivas
Que me limito a unir, sem as colher

Dos lábios soltam-se pequenas
Gotas de vida e saltam rubis do olhar

E na escuridão do universo, algures
E em segredo há uma estrela a cantar

Manuel F. C. Almeida

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