sexta-feira, maio 06, 2011





















Solta o silêncio
Contido
No ruidoso silêncio
De ti.
Que o silêncio que te
Habita
É o silêncio
De mim.
Abraçamos o silêncio
Que se espraia
Entre nós
Como se não houvesse
Vida
Na voz
Pouco a pouco
Devagar
Mas como bicho de traça
Vai-se o amor no olhar
E o silêncio
Já não passa.
E mesmo quando
Em silêncio
Teimamos em manter
Este fio
Burla-mos o que já
Foi amor
E que é hoje apenas
Cio.



Manuel F. C. Almeida

foto http://olhares.aeiou.pt/rodrigomolina

Sem comentários: