segunda-feira, maio 09, 2011


Em 09/05/2004 escrevi este poema

Escondo-me num canto da noite
Dentro do meu pensar e sentir,
Tenho o sabor dos teus lábios
Presentes, sem que os conheça
E marcam-me a alma como agulhas
Que misturam o fogo com o fogo
A agua com a agua e os corpos
Separados pela linha do tempo.
Tenho o sabor da tua pele
Sonhada no silencio das noites
E a sinfonia dos dedos
No percorrer simples
De um corpo que se ergue
Ao ritmo de compassos binários
Naquela sinfonia que sonhamos
Tocar a dois, sem linhas de tempo
Ou realidades escondidas
Escondo-me num canto da noite
E na ternura antecipada de um beijo.

Manuel F. C. Almeida

 
foto: http://olhares.aeiou.pt/Papion


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