Teimosamente recuso
As minhas faces reais
E dentro de mim, em refugio,
Vivo dilemas morais
Quem eu sou? É meu tormento.
Tanta é a confusão
Entre o que sou quando “ sou”
E a minha existência no vento.
E lá vou, vendendo a imagem
Que prometi não vender… ~
Fujo para outra margem
Quando me quero esconder.
E só, diante de um espelho
Que parti em mil pedaços
Vejo mil imagens pequenas
No encalço dos meus passos,
Persigo-me sem me encontrar
Nunca sei a quem seguir.
Se aquele que vive o presente
Se um outro que está para vir.
Manuel F. C. Almeida
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