quinta-feira, março 17, 2011


Solta o silencio
contido
nesse silencio
de ti
que o silencio que
te habita
é o silencio
de mim.
Abraçamos os silencio
que se espraia
entre nós
como se não houvesse
vida
na voz.
Pouco a pouco,
devagar,
mas como bicho de traça
vai-se o amor no olhar
e este silencio
não passa.
E até, quando em
em desejo,
teimamos em burlar
o silencio
Burlamos o que
já foi amor
e é hoje apenas
cio.
Manuel . C. Almeida

2 comentários:

Luisa Bruno disse...

Um belo poema ,que me traz á memoria uma frase do Saramago.

"Dirão, em som, as coisas que, calados,no silêncio dos olhos confessamos?"

paulovilmar disse...

Manuel!
O silêncio é a verdade calada!
Belo poema!
Abraços