segunda-feira, fevereiro 07, 2011
















Na minha mortalha
Descanso.
Finalmente repouso
Dos dias distantes e frios
Do teu olhar,
Do vazio dos gestos
Por dizer,
E das palavras ditas
Por fazer.
Na minha mortalha
Já não caminho a tua alma
Nem aspiro a conhecer
O teu corpo.
Na minha mortalha
Revivo a minha vida,
Prestes a levantar-me
E a recusar a morte
No teu não querer.

Manuel F. C. Almeida


fotoSAGHER

3 comentários:

Teresa Alves disse...

Entre a vida e a morte. A vida. Entre querer e outro querer. O querer. Os gestos. As palavras. E a dor. Ou a negação da dor.

Um vai que vai, que não indo, resiste, persiste e chega ao seu destino. Nas palavras, sempre elas.




¬

Evanir disse...

Estou aqui pela primeira vez.
Escreve maravilhosamente bem poemas mais muito triste também vendo sua foto seu olhar perdido e distante.
È com certeza uma poeta nato ,e, poetas escrevem o que vem dentro da alma.
Estou seguindo seu blog .
Quer ser meu amigo?e seguir-me?
Um beijo carinhoso,Evanir.
www.fonte-amor.zip.net
http://aviagem1.blogspot.com/

quanto pesa o vento? disse...

gostei muito da tua escrita.

"Na minha mortalha
Revivo a minha vida"

esta frase tocou-me de alguma forma.

abraço.