terça-feira, fevereiro 22, 2011














Cai-me o olhar, lentamente
No tempo que teimo em não deixar
Tocar-te a mão, suavemente
E recusar partir, sempre ficar

E não entendes (porque não sentes)
O sentido deste meu teimar
É nas memórias vivas e quentes
Que guardo o néctar do teu beijar

E mesmo quando passas altiva
Indiferente ao tempo e ao falar
Mantenho aqui, guardada e viva
A doce memória do nosso amar

Manuel F. C. Almeida

fotoCaroline Buranelli

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