sexta-feira, janeiro 14, 2011





















É nestes dias em que chuva
Diz presente, que me cubro
Com o mistério da ausência
E procuro entender a vida.
Então olho para dentro de mim
E tacteio os amores do tempo
Na ânsia de reencontrar
O calor das almas esquecidas.
Porque em cada corpo possuído,
Em cada olhar que deixei cair
Teima em vibrar uma corda
Que me une a todos eles.

E sinto o mundo comprimido
No silêncio estéril do passado.

Manuel F. C. Almeida


2 comentários:

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

Com a chuva, e com o mistério da aus~encia, e com as almas esquecidas... fico sempre a perguntar-me se o passado é mesmo silensioso.

Grande abraço, bom sábado.

Sónia disse...

é fabulosa a forma como transformas sentires em palavras...adorei.