sexta-feira, dezembro 03, 2010















Sinto que o tempo se acaba
Aqui
Nesta alegórica existência
Sem sentido

Na procura do poema perdido
Em mim
Que cante a minha verdadeira
Face

Na margem em que a coragem era
Vida
E o coração uma arma apontada
À esperança

Mas é tempo de silenciar
Os sonhos
E deixar de pintar as palavras
Com o teu nome.

Manuel F.C. Almeida


4 comentários:

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

É um poema introspectivo e íntimo. Gostei sobretudo desta estrofe:

"Na procura do poema perdido
Em mim
Que cante a minha verdadeira
Face"

Teresa Alves disse...

Um poema. Um escritor. A tinta. O pincel. E as imagens. Na voz, a despedida. Ou a vontade, da despedida.

E sentimento, entretanto, permanece na tinta que não seca nunca, nas palavras que não dizemos e até nos sonhos, que não existem.




¬

Teresa Alves disse...

Correção: E o sentimento...
¬

sagher disse...

epee agradeço os comentários e o tempo que me leste.
AFalor do sul é sempre bom rever o que escreves