Este é um rio sem respostas
Nem perguntas a fazer
Corre livre nas encostas
Do meu sangue, do meu ser
Não tem limites ou margens
Não tem passado ou futuro
O presente são miragens
O seu correr obscuro
Por isso não sabe de nada
Vazio, pronto a encher
Cava como se fora enxada
O caminho pró saber
Mas é um trabalho sem fim.
O saber nunca se alcança
E o rio dentro de mim
Será sempre rio de esp'rança.
Manuel F.C. Almeida
foto
Rodrigo Molina
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