quinta-feira, setembro 02, 2010
















Medes a linha que te prende
Ao espelho da escuridão.
Na mortalha que se estende
Habita o vento suão

“Que a vida só pode ser vida
No meio da multidão”

Fica no espelho a imagem
Desenhada a carvão
Fica também a coragem
E partes do coração

“E quando sais para a rua
Não és tu, és multidão”

Um dia estilhaças a mente
E quebras a maldição.
A tua imagem, de gente,
São mil pedaços de chão.

Manuel F.C. Almeida


1 comentário:

lucette virelle disse...

Très beau tableau surréaliste.