domingo, março 11, 2007







Funcionários vindos da cozinha serviram sopa. Finalmente podia pensar em tudo sem me dispersar. Quis raciocinar sobre o que estava a acontecer, mas a imagem dela, a curiosidade eram maiores. Dei comigo a elaborar estratégias de aproximação. Nunca tal tinha feito. Desde a morte da minha companheira que evitava aproximar-me de alguém. Os casos mantidos eram apenas de fruição física e na maior parte das vezes sentia-me mal quando o corpo se dava por saciado. Noutros casos as premissas iniciais eram pervertidas e regra geral acabava por magoar alguém. Estava farto disso. Achava possível um amor. Daqueles amores para uma vida. Era verdade que sentia a Fernanda ainda presente. Mas continuava a acreditar que teria de existir um amor sem fim. Incondicional. Seria naif mas certamente era eu. Genuíno. Transparente. Sincero. No entanto tinha a propensão para momentos impossiveis. Como diriam os poetas era o meu fado. Mas ainda assim tinha em mim espaços vazios. Téria já vivido " o amor" ou apenas tinha vivido um amor? Estas questões há muito que me assltavam o espirito.
- Então Dtº a sopa esta boa? - Perguntou a Fátima. Nem tinha notado ou saboreado a mesma. Limitara-me a comer sem ligar muito ao paladar.

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